segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ainda Acontece!

Na semana passada tivemos o desprazer de ver mais uma ação de barbárie protagonizada pelos taxistas do Aeroporto do Galeão. Bateram covardemente em um taxista que deixava um passageiro no local e estava embarcando outro, mesmo sendo ele escolhido pelo próprio passageiro. Como pode?
Pode porque as autoridades que deveriam coibir estas gangues de mafiosos é a mesma autoridade que não coíbe as filas na polícia federal ou nos guichês das cias. Aéreas. É a mesma autoridade inerte, que permite outra gangue de mafiosos disfarçados de taxistas sindicalizados consiga uma aprovação na câmara municipal de Guarulhos, para explorar com exclusividade o Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado naquele município. Com isso, os preços oferecidos aos usuários são impraticáveis, pois os taxistas da cidade são obrigados a voltar vazios de Guarulhos, assim como os taxistas de Guarulhos voltam vazios de São Paulo. O lógico então seria dar preferência sempre aos taxistas que deixam passageiros nos aeroportos, para que estes retornassem com os passageiros do desembarque do referido aeroporto. Com isso os preços poderiam ser o da bandeirada comum, beneficiando o usuário, aliviando a lotação do estacionamento superlotado e ainda contribuindo com o mais importante, reduzindo-se em toneladas as emissões de CO2 em função desta circulação de automóveis desnecessária, que privilegia só a uns poucos mafiosos descompromissados com os interesses dos usuários.
Mas esta mesma autoridade é a que também autorizou a “bandeira dois” para o Aeroporto de Brasília, apesar de o mesmo estar a dez minutos do centro e dentro do perímetro urbano. Mas por ter que voltarem sempre vazios do aeroporto, conseguiram a aprovação deste absurdo pela Prefeitura em detrimento mais uma vez do usuário, o palhaço sempre prejudicado pelos mafiosos ditos taxistas de Aeroporto.
Mas esta mesma autoridade também afirma que nosso país é sério e que nossos aeroportos estarão prontos para receber a Copa, as Olimpíadas e o crescimento previsto de passageiros para os próximos anos. Podemos ficar tranqüilos... não vai mais acontecer.

Laert Gouvêa

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